terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

As flores da lenda


«Que levais aí, Senhora?
Levo cravos e mais rosas,
Para mais nossa alegria.
Bem sei que levais dinheiro,
Segundo sois costumada;
Antes que muito me cheira,
Rosas em Janeiro,
É de maravilha achá-las!»

(Romanceiro e Cancioneiro Popular Português)

Oferecer uma rosa ou ensinar a arte de a cultivar e manter?
Ambos são gestos de afeição e a própria flor é dotada de uma considerável polissemia.
A linguagem das rosas denuncia sentimentos nobres ou condenáveis apenas latentes ou manifestos, como o amor, a amizade, o ciúme e a infidelidade, a gratidão, a paixão. Descodificá-los é ler a intenção daquele que as coloca no lugar das palavras.
Diz a lenda que as rosas e os cravos esconderam o pão que a rainha levava aos seus pobres, num milagre admirável, intensificado pelo desfasamento entre a época de floração e aquela em que este episódio tem lugar.

Rosas: Sugestões criativas para cultivar e tratar roseiras de Linden Hawthorne.

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