quinta-feira, 12 de março de 2009

Ao Sabor do Rio

Três homens, George, Harris e o narrador, na companhia do cão Montmorency, embarcam numa viagem onde o humor e a ironia navegam ao sabor das suas conversas, pelo rio Tamisa.

Jerome Klapka Jerome (1859-1927) deixou-nos obra de referência, mas Três Homens num Barco (já para não falar do cão) é o seu trabalho mais famoso, escrito num registo delicioso, em que o leitor se diverte ante os diálogos e as situações hilariantes que dão corpo a cada capítulo. Os três protagonistas reflectem pessoas bem reais, amigos próximos do autor e ele próprio. O simpático companheiro e fiel amigo terá existido também.

No sítio editorial podemos ler um parecer do autor, na versão vertida para a nossa língua por Luísa Feijó:

Mas é como autor de Três homens num barco (já para não falar do cão) que o público teima em lembrar-se de mim. Alguns críticos insinuaram que a vulgaridade do livro, a sua completa falta de humor, explica o sucesso junto do público – mas, desta vez, pressinto que isso não decifra o enigma. A arte pode ser má e ter sucesso durante algum tempo junto de algum público; mas não vai alargando o seu círculo durante quase meio século. Cheguei à conclusão de que, seja por que razão for, colho eu os louros de ter escrito este livro. Isto, se é que o escrevi – porque, na verdade, mal me lembro de o ter escrito. Lembro-me apenas de me sentir muito jovem e absurdamente contente comigo mesmo, por razões que só a mim dizem respeito. Era Verão, Londres é belíssima no Verão. Sob a janela eu tinha uma cidade de fadas coberta por um véu dourado de neblina, pois o local onde trabalhava era muito alto, acima das chaminés; à noite as luzes brilhavam ao fundo, e eu olhava lá para baixo como se estivesse a olhar para a caverna das jóias de Aladino. Foi nesses meses de Verão que o escrevi; pareceu-me ser a única coisa que podia fazer.
Uma leitura recomendada. :)

3 comentários:

Paula disse...

Estou passando para avisar que tem um prémio no meu blog.
;)

manuel afonso disse...

Deve se rum prazer ler um livro com humor e simultaneamnete com ironia. Fá-lo-ei, quando puder.

Livros e Outras Coisas disse...

Muito obrigada, Paula! É uma grande honra. :)

É um livro de leitura agradável e de humor crescente, Manuel. :)