quinta-feira, 17 de maio de 2007

Como a voz de muito amor

Maria Dulce Lupi Cohen Osório de Castro (1905-1977) escolheu para si o pseudónimo de Maria Valupi. A Bilioteca Finita Melancolia da responsabilidade da Quasi Edições dá-nos a conhecer uma Antologia Poética, agora celebrada.

No sítio da editora pode ler-se, a propósito desta autora:

A poesia de Maria Valupi desenha-se num tenso corpo a corpo com a vida, perdendo-se no labirinto de uma obsessiva tentativa de contrariar a evidência da realidade imediata dos seres, o tédio, a dor, procurando, na indagação da palavra, a infinitude dos instantes.


Já nem mesmo sei chorar

Com aquelas lágrimas
Que dos nossos olhos saem
Tão por de leve salgadas!
Só no íntimo de mim
Há uma queixa tão seguida, tão velada
Como a voz de muito amor. (Desprevenidas Paisagens, 1959)


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